sexta-feira, 20 de maio de 2011

Educar para a compreensão da arte

Educar para quê?

De acordo com o pensamento de vários autores contemporâneos um dos principais objetivos da educação na área de artes é educar para a compreensão da arte, em suas diversas formas de manifestação e linguagens.
Reflexão a partir de um texto de um destes autores, referencial para esta questão: Fernando Hernández

Minha primeira leitura foi de Anita Prado Koneski.Considerando o tema do fórum..."Educar para compreensão da arte",uma arte de nosso tempo onde nossa posição de mediador deverá ser "eficiente".A professora nos traz importantes questões para reflexão:

Quais os novos paradigmas para leitura da obra contemporânea?O que nos interessa do passado ?

Esta arte, que nos questiona, pode ter leitura?Segundo os teóricos, Levinas e Blanchot, será que a arte perdeu seu fundamento?

Estaríamos vivendo uma crise na arte, ou na sua leitura?

A arte de nosso tempo não se deixa ler pelos moldes tradicionais. Como falar de contemplação com nossos alunos se em alguns momentos podemos sentir repugnância por uma obra?

A arte educação necessita ser pensada por muitos percursos.Nas situações de aprendizagens que propomos em nosso cotidiano estas questões devem ser foco de reflexão constantemente.

A professora Anita, chama “de reducionismo” quando se pergunta “o que é arte?”, pois estaríamos trazendo o conceito de negação imediatamente.Segundo, ela aponta Nietzsche, “trata-se de uma fuga diante da possibilidade de interpretação da obra contemporânea.

Levinas e Banchot, no texto em estudo, nos lembra que a arte de nosso tempo, não “é uma janela para contemplar o mundo ou para entendê-lo melhor”, mas propõe uma indagação, um olhar que interroga, não dá respostas, problematiza nossos encontros com cada linguagem.

Segundo professor Fernando Cocchiarale,” a questão ,da arte contemporânea é que as pessoas buscam uma ansiosa explicação verbal das obras”.A explicação assassina a fruição estética...”

Nosso papel portanto para “educar para a compreensão da arte” deverá ser no sentido de oportunizar “encontros” de nossos alunos com a obra.Se as noções de sujeito, de identidade,de construção de conhecimento são contemporâneas, se este universo é construído agora , se percebermos nossa aprendizagem com a visão de redes, é convidado a pensar nosso percurso considerando as perguntas e não as respostas.

Novamente Cocchinaralle nos lembra sobre a produção de sentido, que se dá através de processos de interpretação e uma mesma realidade pode suportar vaias interpretações, sem que isso gere contradição.

Vale lembrar nossa conduta de “mediação” para estimular, ou aproximar nossos alunos de situações que possam des contruir modelos, mas ajudá-los na construção de um olhar mais amplo.

Fonte:
-Fernando Cocchiaralle- Quem Tem Medo de Arte Contemporânea-Recife-Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2006

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